O Envelhecimento é um processo universal, inerente a todos os seres vivos (Aiken, 1995). Vários autores dividiram o processo de envelhecimento em três componentes, sendo o primeiro o processo de envelhecimento biológico, resultante da crescente vulnerabilidade e maior probabilidade de morrer, o segundo o envelhecimento social, em relação aos papéis sociais adaptados às expectativas da sociedade, e o terceiro o envelhecimento psicológico, definido pela auto-regulação do indivíduo a nível da tomada de decisões e opiniões. Estes três componentes do envelhecimento têm uma influência decisiva no comportamento dos/as idosos/as.
Ao longo do processo de envelhecimento, as capacidades de adaptação do ser humano vão diminuindo, tornando-o cada vez mais sensível ao meio ambiente que, consoante as restrições implícitas ao funcionamento dos/as idosos/as, pode ser um elemento facilitador ou um obstáculo para a sua vida. Com o declínio progressivo das suas capacidades físicas, e também devido ao impacto social do envelhecimento, o/a idoso/a vai alterando os seus hábitos e rotinas diárias, substituindo-os por ocupações e actividades que exijam um menor grau de actividade.
Esta diminuição da actividade, pode acarretar sérias consequências, tais como redução da capacidade de concentração, reacção e coordenação que, por sua vez, podem provocar processos de auto-desvalorização, diminuição da auto-estima, apatia, desmotivação, solidão e isolamento social.
É na lógica de impulsionar a continuidade da inserção social dos/as utentes que surge a importância das actividades e dos serviços prestados pelos Lares, afim de proporcionar a esses/as utentes o bem-estar de modo holístico, biopsicossocial, dos Lares e dos Serviços de Apoio Domiciliário da Santa Casa da Misericórdia da Sertã.